Procurando

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Dans une autre vie

Encore un rêve

Rêve de merde

Serait-il alors un cauchemar ?

Où tu viens travestit

Des mots douces pour m'arracher

À mon moi

Fantasme et fantôme

À me montrer ce que ma

Vie aurait pu être

Avec toi

Meu diamente bruto

Prends mes yeux

Ce n'est pas une glace

Mais il faut que 

Tu casses

Cette image de

Toi


Prends-les

Regarde bien

La force

Elle est là


Il faut stopper

Le Doute

Ok. C'est bien

Les questionnements, 

mais au bout d'un

Moment

Il faut savoir

Avancer

terça-feira, 9 de março de 2021

Quereres

Criar e amar. Dançar na cara da vida. Rir dos tropeços. Estar rodeada de gente querida.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Coletes amarelos vistos por uma brasileira


O que está acontecendo na França ? Como você vê essa situação dos coletes amarelos ? Lá se vão mais de 9 anos de França, o país onde eu escolhi viver e fundar minha família. Vou tentar responder a essas duas questões, mas deverei me alongar em alguns pontos para que não haja mal entendidos.

O governo de Emmanuel Macron chegou ao poder em 2017 após uma séria crise política dos partidos tradicionais franceses. Ele teve a sacada de criar seu próprio movimento (En Marche) que se autointitulava de centro. Num país onde os partidos tradicionais sempre estiveram polarizados, a proposta de Macron soou como uma luz no fim do túnel para muita gente. Porém é preciso ressaltar que Macron, apesar de eleito, contou muito mais com votos contra o Rassemblement National (antigo Front National) partido da extrema direita com quem concorreu no segundo turno do que realmente votos de adesão a suas propostas. Mas o cara foi eleito, aos 39 anos de idade, tendo uma experiência muito pequena na vida política até então. 1 ano e meio depois do início do seu mandato estoura o movimento dos « coletes amarelos ».

Vale lembrar que não é a primeira onda de protestos deste governo. De março a junho de 2018 tivemos a greve dos ferroviários que manifestaram contra reformas do governo na estatal francesa. Em julho do mesmo ano houve um escândalo com um dos guarda-costas de Macron (Alexandre Benalla). Em setembro deste ano houve uma grande onda de pedidos de demissões vindos dos ministros do governo, sendo a do ex-ministro do Meio Ambiente, Nicolas Hulot, foi uma das que mais repercutiu. Então Macron começou o ano (aqui na França o ano letivo e todas as atividades do país começam em setembro, logo após as férias escolares estivais) com uma popularidade bem baixa. Mas ele sempre pôde contar com Edouard Philippe, primeiro ministro francês que sempre foi mais popular que o presidente.

Ok. Contexto dado vamos aos fatos.

O uso dos coletes amarelos por este movimento vem de 2 coisas bem simples : 1) a grande visibilidade que este colete dá às pessoas que o vestem ; 2) o fato de ele ser obrigatório para motociclistas e representar assim a pauta inicial das manifestações em relação à alta do preço dos combustíveis. Essa taxa, que foi suspensa na última quinta-feira e que deveria entrar em vigor no próximo mês, foi a gota d’água que faltava para terminar de desabar o governo Macron. O presidente é acusado de ser arrogante, frio e de fazer política para uma elite financeira no país. Porém, essa elite é minoria. A grande maioria das pessoas, trabalhadores, pais e mães de família, estudantes têm visto nos últimos anos (isso é importante para entender as coisas. Há tempos que uma camada grande da sociedade vive precariamente. Não é apenas de agora e Macron não é o único culpado) as condições de vida (acesso a educação, saúde, acesso a bens e serviços etc) caírem drasticamente. Macron suprime o ISF (Imposto sobre a Fortuna), mas cria uma taxa sob os combustíveis para financiar a conversão ecológica (que tem sim que acontecer, gente ! Pelo amor Deus pensar que mudanças climáticas é teoria conspiratória !!) sem que para isso haja medidas de acompanhamento social para esta reconversão. O sentimento de injustiça é sentido por quase toda a população. Liberté, egalité, fraternité. Isso é muito presente nas mentalidades francesas. É pra ter igualdade, mas o que se vê é cada vez mais grandes metrópoles ricas, avançadas e cidades do interior pobres e abandonadas. Os coletes amarelos repetem há quase um mês : « Você está preocupado com o fim do mundo ?! Nós estamos preocupados com o fim do mês !! » E isso é mais do que legítimo. Essas pessoas não se sentem representadas pelos políticos que estão no poder e nem pelas instituições tradicionais. Essas pessoas estão cansadas e de saco cheio. E elas têm razão !

Pela primeira vez na história do país um movimento surge de forma espontânea, é através das redes sociais que essas pessoas encontram apoio e conseguem se organizar. Não há líderes, não há sindicatos, não há partidos políticos. Isso não significa que não haja pessoas que não se aproveitem da situação. Não sejamos ingênuos... Mas de repente o governo se vê diante de uma massa de pessoas, crescente, que encontra muito apoio popular e não sabe com quem eles devem tentar conversar. A questão toda é que a situação como ela se apresenta é incompatível com o sistema político verticalizado. As pessoas querem poder decidir também, elas querem que as coisas sejam horizontais e não verticais. E é aí que as coisas se complicam.

A onda de violência do último fim de semana em Paris que parece querer se repetir amanhã, já extrapolou as pautas iniciais do movimento. As pessoas estão querendo resolver tudo que não funciona bem há anos num estalar de dedos. Porém não é tão simples assim. Acho que nessa história toda a coisa boa é que uma parte da população e da classe política estão descobrindo que a França é um país rico, mas que há muitos pobres e são esses pobres que fazem o país acordar cedo todos os dias e as coisas funcionarem corretamente.

Pois é ! Essa galera se cansou e agora é preciso acalmá-los.

sábado, 1 de setembro de 2018

Respiro


Que coisa louca essa de não encontrar as palavras! De não conseguir construir o pensamento. De querer se refugiar numa outra língua, num outro eu, no não-tão-novo eu. Qual é o gosto da redescoberta? Que cheiro sai daquela caixinha fechada há tanto tempo? Que arranca suspiros e me lembra que não mudei. Que na essência tudo continua lá me mostrando que meu novo eu esteve sempre aqui.

Que coisa louca essa da necessidade de se ter! O coração continua batendo forte, tum-dum e me leva docemente para onde sempre quis estar sem ao menos imaginar que um dia estaria aqui.

Frissons d'un samedi soir


Le temps passe, le temps presse, le temps cesse.

La Belle au bois dormant qui n’arrive pas à fermer les yeux. Le bonheur lui rappelle à tout moment que c’est de sa faute tout cet amour qui lui coule à flots. Encore et encore, jusqu’à l’épuisement. Elle ne se fatiguera jamais de vivre. Avec elle. Avec lui. Avec eux.

Finalement, le temps la caresse.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O X da nossa equação

A certeza de que o amor que aprendi a sentir recentemente pode se transformar em algo ainda maior, me faz ver todas essas mudanças físicas e psicológicas com uma ternura que me alenta, me acalma e me faz ser uma privilegiada. Num mundo tão caótico, onde os valores familiares tem perdido forças, eu só quero me aninhar no nosso amor. Priorizar o que me faz bem e poder contribuir para que as coisas melhorem de alguma forma. Carrego, protejo, acaricio... conto as semanas, acompanho seu crescimento, seu progresso com uma paciência que conquistei há pouco tempo. Porque sei que o tempo é necessário. Para todos nós. Meu menino, meus meninos... quem diria que assim seria o meu reinado?! Como não querer mais?

Seja bem vindo, Xavier!




sábado, 14 de janeiro de 2017

Sábado de inverno

Hoje acordei em seus braços, com o calor de suas pernas grudadas em mim. Estava bom. Vontade de parar no tempo. Apenas ficar sentido seu cheiro, respirando no mesmo ritmo, numa mistura de sono e desejo. Procurei seu pescoço, me aninhei na sua barba, me embriaguei de tesão. Você acordou, sorriu-me e não se incomodou em ter-me tão próxima... Sorri-te. Sussurrei meu sonho em teu ouvido e com meu corpo quis que virássemos uma coisa só. Você reagiu, me apertou forte e depois... Depois? Que importância tem o depois? Somos o agora!

sábado, 2 de abril de 2016

Coisas do amor / Des choses de l'amour

Ontem eu te disse que queria dizer mais. Mais do que simplesmente “ eu te amo”, mais de algo que não sei dizer. Só sei sentir. Só sei olhar, respirar, viver. Que eu encontrasse as palavras, que eu finalmente pudesse te dizer mais. Nada mudaria. Eu continuaria a me perder em seus braços, abraços, aconchegada em seu cheiro, embriagada de nós. 



By Simone Lago


Hier je voulais te dire plus. Plus que simplement "je t'aime", plus de quelque chose dont je ne sais pas le nom. Je sais le sentir. Je ne sais que regarder, respirer, vivre. Même si je trouve les mots, même si j'arrive à te dire plus. Rien ne changerait. Je continuerais à mes perdre dans tes bras, tes baisers, apaisée par ton odeur, ivre de nous.

quarta-feira, 23 de março de 2016

FeliXidade

Eu ficarei horas e horas, o tempo que for preciso, com você em meus braços. Cantarei todo o meu repertório e inventarei todas as melodias do mundo para você. Eu serei seu cobertor e te aconchegarei contra meu peito para te acalmar. Eu estarei sempre por perto, mesmo quando você não estiver me vendo. Eu terei sempre uma palavra amiga para te reconfortar. Saberei te mostrar se você se enganar e te estenderei a mão para te ajudar a levantar. Em troca te peço apenas que aceite meu amor, que saiba que ele é feito do que de melhor há em mim. Um amor sem medidas, um amor que custa a encontrar as palavras. O nosso amor.

By Bru

terça-feira, 20 de maio de 2014

Voltando

O que acontece quando o passado vira presente? Quando você abre os olhos e as coisas querem voltar a ser como antes? Seria possível? A ilusão de que tudo continua lá te esperando, que nada mudou, que tudo parou esperando o teu retorno. O que acontece quando começa a cantar e a voz que sai da tua garganta te surpreende por ainda existir?

E quando você olha mais de perto, vê que tudo mudou, que as coisas continuaram sem nem se darem conta de tua ausência, que você não pode mais viver no passado. De passado já chegou até aqui.

O que acontece quando você não sabe mais ser como antes? Que o novo você tem uma vaga lembrança de como você era. De que o atual você está feliz por ter deixado o outro você lá atrás... o que acontece?


Como voltar se nada mais existe? Se tudo mudou? Se você não sabe como (re)agir? Como voltar se a volta é um início. Começar do zero. Voltar para o desconhecido familiar. Voltar para o que nunca se viveu ainda. Voltar para o que ainda estar por existir. Voltar para as apostas no futuro. Voltar para continuar caminhando de mão dada com o agora. Comigo.